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7ª série - História

 Aula 1 

Patrimônio Cultural Brasileiro

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Diversidade Cultural

  • Por nosso país ter sido formado por povos de diversos lugares, podemos dizer que temos uma grande diversidade cultural.

  • Somos um povo miscigenado, ou seja, fruto de uma mistura de diversas etnias.

  • Etnias são grupos de pessoas que compartilham uma mesma cultura e mesma origem.

  • Temos muitos tipos de comida, trajes, costumes, religiões, lendas, estilos de moradia, etc..


A educação e o mosaico cultural brasileiro. Há interações?”

 
  Sul
  • O sul do Brasil recebeu influência de diversos povos vindos da Europa, como alemães, italianos e poloneses.

  • Muitas dessas pessoas vieram para cá fugindo das guerras ou crises econômicas.

  • Além dos povos que chegaram ao sul, na região já havia também povos indígenas, como os guaranis.



Nordeste

  • No nosso nordeste predomina a cultura africana, pois muitos negros foram trazidos da África para trabalharem nas lavouras de cana-de-açúcar da região.

  • Havia muitos indígenas também, antes da chegada dos africanos e dos portugueses, mas foram afastados do litoral pelos colonizadores.

  • Alguns povos ainda permanecem por lá.

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Norte

  • No norte a maior influência é da cultura indígena.

  • Por ser uma região de floresta, os indígenas que eram perseguidos pelos portugueses foram se estabelecendo por lá e se misturando a outros povos que já viviam na região.

  • Boa parte de população vive em cidades, como Manaus, Belém, São Luís e também na Floresta Amazônica.


Cidades da região Norte

MANAUS | Roteiro de 3 DIAS com TUDO que você precisa saber antes de ir para  capital do AMAZONASSÃO LUÍS, MARANHÃO: melhores passeios e dicas de viagemCultura da Região Norte do Brasil - Só Geografia

Sudeste

  • No sudeste destacam-se os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além do Espírito Santo.

  • Nessa região há povos vindos de todos os lugres do mundo e do Brasil, mas tem forte influência da cultura portuguesa, italiana e nordestina.

  • É a região mais rica e mais populosa, com destaque para o comércio e a indústria.


Centro-oeste

  • Nesta região a atividade rural voltada para a agricultura e a criação de gado é predominante.

  • Há uma forte influência da cultura portuguesa, mas também muitos povos indígenas vivem na região.


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Os Primeiros Habitantes

Podemos dizer que no início da colonização, os indígenas eram as mãos, os olhos e os músculos dos portugueses, pois os colonizadores dependiam dos nativos para tudo, afinal de contas estavam em terra estranha.
Em troca de objetos e armamentos para enfrentarem inimigos locais, alguns povos indígenas trabalhavam para os portugueses, principalmente na extração do pau-brasil.

Com o avanço da invasão estrangeira, os indígenas foram assassinados e escravizados e alguns povos que viviam no litoral fugiram para as florestas.

Embora a luta fosse desigual, houve os que enfrentaram ferozmente o inimigo.

Confederação dos Tamoios

A Confederação dos Tamoios foi uma aliança de diferentes povos indígenas que habitavam o litoral paulista e fluminense no século XVI. Entre os povos que faziam parte dessa aliança estavam os tupinambás, tupiniquins, aimorés, guaianás e temiminós. Essa aliança se formou para resistir ao avanço da colonização portuguesa.


Essa revolta indígena teve apoio dos franceses, que queriam afastar os portugueses do Brasil para colonizá-lo.


As batalhas se deram entre Cabo Frio, no Rio de Janeiro, e Bertioga, no litoral de São Paulo.

Os estereótipos a respeito dos indígenas


Estereótipo é uma palavra que tem a ver com preconceito, ou a ideia que se cria de determinada pessoa ou povo.
Os europeus viam os indígenas e os analisavam de acordo com os seus valores. 
Como as sociedades indígenas são igualitárias, ou seja, não há classes sociais, como ricos e pobres, não trabalham para acumularem dinheiro ou bens. Sendo assim não precisam dedicar muitas horas do seu tempo ao trabalho, podendo dedicar-se a outras atividades importantes, como o lazer, aos seus cultos, às festas e a arte. Por isso eram vistos como preguiçosos pelos estrangeiros.
Como os portugueses nos colonizaram, essa ideia ficou até os dias de hoje no imaginário de muita gente que não conhece o cotidiano dos indígenas.





Apesar de a cultura indígena ser fortemente atacada pelos invasores e muitas delas terem sido extintas, muitos costumes permaneceram e até mesmo muitas palavras se incorporaram ao nosso idioma, como mingau, peteca, pindaíba, tocaia, itaim (pedrinha), ipiranga (rio vermelho), Butantã (chão duro), entre muitas outras.

A partir da Constituição Brasileira de 1988, os indígenas passaram a ter o direito legal à posse de suas terras, mas ainda assim, esse direito é cada vez mais desrespeitado e ocorrem muitas invasões e assassinatos, principalmente por parte de garimpeiros, madeireiros e grandes fazendeiros.




https://www.youtube.com/watch?v=HnR2EsH9dac

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Aula 2
A Resistência Negra


Os negros africanos escravizados começavam sua resistência já na África, antes de serem forçados a entrar nos navios negreiros.

Em terras além do Oceano Atlântico, várias eram as formas de resistência, como suicídios, assassinatos contra os senhores de escravizados, sabotagem, abortos e formação de quilombos.



Navio Negreiro - Mestre Tony Vargas



Navios Negreiros eram as embarcações que traziam os africanos escravizados para o Brasil.



Assim era uma fazenda de açúcar, onde o português se utilizava do trabalho escravizado dos africanos e muitas vezes dos indígenas.



uilombos são comunidades livres construídas pelos negros escravizados que fugiam das senzalas.

Nelas, podiam viver sem opressão e de forma igualitária, onde praticavam seus ritos religiosos e os seus costumes, fortalecendo a suas culturas.



O quilombo mais famoso da História foi o Quilombo de Palmares, estabelecido por volta de 1590 na Serra da Barriga, região entre Pernambuco e Alagoas.

Esse quilombo, com uma área do tamanho do Estado do rio de Janeiro durou mais de cem anos e resistiu a inúmeras tentativas de invasões pelos bandeirantes, grupo armado contratado pelos escravagistas para capturarem escravizados que fugiam.

O seu maior líder foi Zumbi dos Palmares, general e chefe, que venceu várias batalhas, mas caiu em combate em 20 de novembro de 1695. 

Em sua homenagem, foi criado recentemente o “Dia da Consciência Negra” na data de sua morte.



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Aula 3
Novas Ondas Migratórias

    Em 1845, a Inglaterra proibiu o comércio de escravizados entre a África e a América (Lei Bill Aberdeen). O Brasil reagiu e criou a Lei Eusébio de Queirós, em 1850, como se dissesse "nós mesmos criamos as nossas leis". Essa lei também proibia e punia o tráfico de escravizados no Brasil.


    Com a proibição, o comércio de cativos se torna mais caro, pois só era viável a partir de tráfico clandestino. Sendo assim, há uma escassez de mão de obra, que é resolvida com a chegada de imigrantes europeus.


    Mas, os europeus não trabalhariam de graça, seriam remunerados e assim poderiam se tornar mercado consumidor dos produtos ingleses. A partir da assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, que tornava os escravizados legalmente livres, as elites brasileiras não queriam pagar salários para quem antes eram propriedades suas e começaram então um processo de embranquecimento do Brasil, aumentando ainda mais a quantidade de brancos no país e estimulando a miscigenação para apagar os traços da negritude africana na nossa identidade cultural, seguindo assim, as teorias racistas que pregavam a inferioridade dos africanos e outros não-europeus.

    No quadro abaixo, "A Redenção de Cam", notamos a mentalidade social da época em relação ao branqueamento do Brasil como forma de evolução. Nota-se que o cruzamento entre brancos e negros gera, a partir da terceira geração, um cidadão brasileiro sem nenhum traço africano e portanto, para o conceito racista da época, mais desenvolvido.


A Redenção de Cam, Modesto Brocos, óleo sobre tela, 1852.

    Atualmente, a pintura faz parte do acervo do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, presente na exposição “Das Galés as Galerias: representações e protagonismos do negro no acervo do MNBA”, que busca proporcionar um olhar sobre as representações e protagonismos da população negra em 80 obras presentes no acervo do museu.
    A obra faz alusão ao primeiro livro da Bíblia CristãGênesis, capítulo 9. No episódio, Cam expõe a nudez e bebedeira de seu pai, Noé, aos irmãos Sem e Jafé e, por isso, é condenado pelo pai a ser escravo juntamente com seu filho Canaã, que é amaldiçoado como "servo dos servos". Noé profetizou que ele, Cam, seria "o último dos escravos de seus irmãos". Cam é apontado na Bíblia como suposto ascendente das raças africanas. Diante disso, nos séculos XVI, XVII e XVIII, os cristãos usaram a passagem bíblica para justificar a escravidão nas economias coloniais. 

Fonte: Wikipedia. 

https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Reden%C3%A7%C3%A3o_de_Cam 

Abaixo, a obra " A Maldição de Cam".


Noé Amaldiçoando Cam, pintura do século XIX de Ivan Stepanovitch Ksenofontov


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Aula 4
O Iluminismo

    O iluminismo foi um movimento político e filosófico surgido na Europa, principalmente na Inglaterra e na França, no século XVIII. Esse movimento partiu da burguesia (grandes comerciantes e industriais) e pretendia reduzir o poder dos reis sobre o Estado. Contestando a ideia de que o rei tinha o chamado "direito divino" de governar, ou seja, era um escolhido por Deus, o iluminismo abriu as portas para as revoluções.
    Com o dinheiro acumulado pela burguesia, muitos avanços ocorreram na ciência e se pode provar muitos fenômenos naturais através de experimentações, contestando através de provas, alguns dogmas religiosos a respeito do mundo, do universo e da natureza das coisas, sobretudo da ideia de um "escolhido" para governar. Romper com o absolutismo dos reis significava ampliar os ganhos e reduzir os custos do Estado, pois a classe nobre vivia dos impostos arrecadados junto à população.

Nicolau Copérnico (1473-1543), astrônomo e matemático polonês, foi o primeiro a propor que os planetas giram
em torno do Sol (heliocentrismo), contestando a ideia cristã da época, que dizia que a Terra era o centro do Universo.

Galileu Galilei (1564-1642) foi um físico, astrônomo e engenheiro italiano que realizou inúmeras descobertas sobre o espaço e defendeu as ideias de Copérnico, que tudo girava em torno do Sol. Pela defesa dessas ideias foi ameaçado pela Igreja e obrigado a se retratar. Após a retratação, passou o resto de sua vida em prisão domiciliar.

    O princípio do iluminismo é o princípio da razão acima da fé. Buscar a explicação das coisas e não apenas aceitá-las como são. Para isso entendeu-se que se Deus deu ao ser humano a capacidade de pensar, então era direito buscar as explicações que até então eram tidas como segredos divinos pela Igreja. Foi pensado que embora pudesse haver um destino escrito por Deus, os seres humanos tinham como escrever a suas histórias através do seu próprio esforço e capacidade. Por ser a Igreja e o Rei forças políticas muito poderosas, muitos pensadores e cientistas foram perseguidos, presos e até mortos.
    
Os iluministas francese:

Montesquieu: "O rei é um humano como outro qualquer, então, como governante deve se curvar às vontades do povo." - Montesquieu foi o criador da ideia dos Três Poderes, o Legislativo (que elabora as leis), o Judiciário (que interpreta as leis) e o Executivo (que faz com que sejam cumpridas).

Voltaire: Propunha que a propriedade privada e a liberdade são a base dos direitos do ser humano.

Rousseau: Ao contrário do que pensava a burguesia, acreditava que a desigualdade social não era algo natural e que deveria ser combatida. Entendia que os cidadãos deveriam abrir mão de sua liberdade individual e entregá-la ao Estado e que deveria ser estabelecido um contrato social, onde, através de uma eleição, deveria ser nomeado um governo para representar a vontade geral, dando fim às monarquias.

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Aula 5 -
A Revolução Francesa (1779-789)

A Revolução Francesa foi um dos eventos mais importantes da história moderna. Ela aconteceu na França, entre 1789 e 1799, e marcou o fim do Antigo Regime (monarquia absolutista e sociedade dividida em estamentos) e o início de ideias modernas como liberdade, igualdade e fraternidade.

 

A França vivia um período de intensa crise social e econômica, pois o rei Luís XVI havia perdido guerras e uma praga na plantação de batatas levou o povo a passar fome. Nessa época o país estava dividido em três estamentos (classes sociais): o clero era o primeiro Estado, a nobreza compunha o segundo Estado e todo o resto da população, desde o burguês mais rico até a pessoa mais miserável representavam o terceiro Estado francês.
Nem o clero, nem a nobreza pagavam impostos, apenas o terceiro Estado. Para superar a crise cogitou-se aumentar os impostos do já prejudicado povo.
Depois de muitos anos o Rei Luís XVI chamou os Estados Gerais (assembleia com os três estados) para discutir soluções financeiras — mas o 3º Estado queria mudanças profundas, como a cobrança de impostos dos dois primeiros estamentos, mas como os votos eram por Estado e não por pessoas, acabaram não tendo sucesso nas suas principais reivindicações.
Insatisfeitos, os políticos do terceiro Estado convocaram a Assembleia Nacional, sem a presença dos dois primeiros Estados. Estabelecida entre 1789 e 1792, aboliu o voto por estamento e deu condições para que novas práticas fossem fixadas ao contexto político francês. Contando com a intensa participação da burguesia e dos camponeses, a Revolução ganhava força nas ruas, campos e instituições francesas.

 
Nessas assembleias surgiram os termos políticos esquerda e direita. Os donos de terras e burgueses mais ricos sentaram-se à direita da assembleia e na sua maioria, os intelectuais de classe média e alguns burgueses menores sentaram-se á esquerda. Os constituintes da direita queriam mais investimento na economia e pouca intervenção do governo para poder fazer o pais crescer economicamente e consequentemente melhorar a situação do povo. Os constituintes de esquerda, por sua vez, pregavam uma maior intervenção do Estado na economia, com políticas sociais emergentes para resolver primeiro o problema da miséria do povo pobre.


Enquanto os políticos decidiam nas assembleias o futuro da França, o povo estava na rua enfrentando a polícia e o exército francês, e em 14 de julho de 1789 derrubou a Bastilha, uma fortaleza onde o governo de Luís XVI guardava as armas e castigava e prendia na masmorra os seus inimigos políticos. Esse acontecimento é o fator crucial da Revolução Francesa e também o marco histórico do início da Idade Contemporânea, onde não deveria mais haver sistemas autocráticos, ou seja, com uma pessoa decidindo tudo pelo povo.

 

Com a vitória do povo nas ruas, a Revolução se encaminhou e levou à decapitação do rei e da rainha da França pondo fim aos sistemas monárquicos absolutistas, mas como o Terceiro Estado era muito diverso em relação às classes sociais e complexo em relação aos interesses e objetivos, apesar da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, muita coisa ainda viria a acontecer e várias reviravoltas se deram nos rumos da França.


A Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão e a proclamação da França como república, viriam para dar ao mundo ocidental uma nova perspectiva, onde os ideais de igualdade e fraternidade haveriam de ser respeitados, pondo fim à escravização e aos regimes autoritários, mas no próprio país havia inúmeras discordâncias em relação ao futuro do país, como por exemplo, o fim ou a continuação da escravização nas colônias, como no Haiti.
Os impasses e divergências políticas e ideológicas puseram os girondinos (direita) e jacobinos (esquerda) em conflito. Liderados por Maximilien de Robespierre, Georges Danton e Jean Paul Marat, entre outros jacobinos, iniciou-se a chamada Era do Terror (1792 a 1794), onde 20.000 pessoas foram assassinadas por se oporem ao sistema. A partir de 1793, com a chegada dos girondinos no poder, os assassinatos continuaram com os girondinos no poder, o que fez que os próprios líderes como Danton e Robespierre fossem mortos na guilhotina. Marrat foi morto à facadas por uma mulher por questões pessoais.

Danton, Robespierre e Marat

Os girondinos eram revolucionários da chamada direita, que defendiam o interesse dos grandes proprietários de terras e dos burgueses da elite francesa. Eram chamados assim, porque pertenciam ao departamento da gironda, no sudoeste da França;

Jacobinos eram revolucionários mais radicais, da chamada esquerda francesa e que se posicionavam a favor de mais políticas sociais para o povo francês. Eram chamados assim, porque se reuniam no Convento dos Jacobinos.



Os sans-culottes eram revolucionários da esquerda francesa e que pertenciam à classe média intelectual urbana e estavam ao lado dos jacobinos. Eram chamados assim, porque se recusavam a usar os chamados culotes, meias por cima da calça para diferencia-los dos mais pobres.

Com a tomada dos girondinos ao poder, as necessidades mais básicas da população não foram atendidas e o povo continuou em luta até a conclamação de Napoleão Bonaparte, general francês, como Imperador, pondo fim à Revolução francesa.


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Aula 6 - A Inconfidência Mineira -

Iluminismo à Brasileira



A influência do iluminismo, originariamente surgido na Europa, também chegou a outros países, como o Brasil. As leites urbanas enviavam seus filhos para estudarem na Europa, e lá entravam em contato com novas ideias políticas e filosóficas. Sendo assim, as revoluções inglesa e francesa, de cunho iluminista, repercutiram muito por aqui.

Os grandes proprietários das minas de Minas Gerais obtinham grandes lucros, mas pagavam muitos impostos a Portugal, devido ao pacto colonial, que mantinha obrigações entre o Brasil, como colônia e Portugal, como metrópole.

Como as minas já não davam tanto outo como no início, ficava difícil aos mineiros pagarem os impostos a Coroa Portuguesa. Como Portugal contraiu dívidas com a Inglaterra, dependia muito dos impostos para saldá-las e exigia cada vez mais da colônia.

No início, a quantia cobrada pelos impostos era um quinto do que era encontrado, mas com a escassez dos metais preciosos encontrados e a entrada do Visconde de Barbacena no governo do Estado de Minas Gerais, foi ameaçada a cobrança da derrama, onde, caso não fosse pago a taxa de um quinto, seria permitido a derrama, onde toda a comunidade tinha que pagar 1456 quilos de ouro, caso contrário, se levaria qualquer coisa de valor para cobrir a taxa não paga.

Visconde de Barbacena



Um grupo de mineradores, inspirados pela Revolução Francesa e sob a liderança de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, único que não era rico e que estava mais por uma questão ideológica do que financeira, resolveu se levantar contra Portugal e tornar Minas Gerais independente, transformando-a em uma república.


 

Joaquim Silvério dos Reis e Tiradentes


Embora a população pobre de Minas Gerais tivesse muitos motivos para lutar pelo rompimento contra Portugal, foi excluída dos planos da conjuração mineira, poie era um movimento de elite, tanto que muitos dos inconfidentes não desejavam a liberdade dos escravizados, pois dependiam desse tipo de serviço. Tiradentes, ao contrário, desejava uma mudança mais radical, com os negros se tornando livres e cidadãos.

Joaquim Silvério dos Reis, um dos inconfidentes (ou conjurados), em troca do perdão de uma dívida, delatou o plano para o governador e fez com que a Inconfidência não tivesse sucesso. Todos foram presos, alguns liberados, outros exilados e só Tiradentes foi condenado à pena de morte, pelo crime de lesa majestade (traição ao rei). Foi enforcado e teve seu corpo esquartejado. Apesar de ter sido considerado um vilão até o final do império no Brasil, por seus ideais republicanos, quando o Brasil proclamou a República, cem anos depois, foi elevado à condição de herói.


A bandeira de Minas Gerais tem uma frase em homenagem à Inconfidência.

Curiosidade: A origem do “uai” é misteriosa e cheia de histórias. Uma delas diz que essa era uma senha usada pelos inconfidentes no século 18, significando “União, Amor e Independência”. Mas há quem diga que, na verdade, o “uai” surgiu em regiões onde ingleses trabalhavam na mineração. Na língua deles, “por quê?” se diz “why?”, cuja pronúncia é “uai?”. De tanto ouvir os gringos, mas sem entender o que eles diziam, o povo passou a imitá-los. Uai, será?

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Aula 7 - Cidadania em debate –
quais são os nossos direitos como cidadão?

Cidadania é a qualidade de ser cidadão, ou seja, a condição de pertencimento a um Estado ou comunidade política, conferindo direitos e deveres aos indivíduos. É o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais, que são fundamentais para a convivência social e a participação na vida pública. 


  • Direitos e Deveres:
    Inclui direitos como liberdade, igualdade, propriedade e participação política, além de deveres como respeitar as leis e cumprir as obrigações civis. 
  • Participação Ativa:
    Envolve a participação ativa na vida social e política, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade.
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  • Importância:
    É essencial para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva, onde todos os cidadãos tenham voz e direito. 







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Aula 8 - A Importância da Ética
para a Cidadania

 
Ética é o ramo da Filosofia que estuda questões e preceitos relacionados aos valores morais e ao comportamento humano, uma forma de comportamento moral, ou ainda, um conjunto de regras, e princípios para o bom comportamento moral. É a análise do comportamento das pessoas, seus costumes e ações, de acordo com os valores morais individuais e da sociedade.
Podemos refletir sobre a clonagem de seres humanos, a corrupção, a devastação das matas, a poluição dos rios e mares, etc.
Atitudes antiéticas podem ser realizadas dentro de um conjunto de valores morais, como a hipocrisia (criticar algo que nós mesmos fazemos).


A ética tem duas fontes, a razão e a religião. A religião é uma grande força de motivação para as pessoas. 


A razão busca estabelecer normas éticas que sejam válidas para todos os povos.

 

O filósofo grego, Sócrates, acreditava que as leis não devem ser respeitadas apenas por serem leis, mas por existirem razões que as justifiquem moralmente.


Outro pensador conhecido como Karl Marx, acreditava que a ética só poderia existir em um mundo mais justo econômica e socialmente e a busca pela ética deveria ser a luta pelo fim das classes sociais.

Não se pode aprisionar o conceito de ética, pois ele varia no tempo e tempo e no espaço.
 
 

Entendamos a moral como a decisão entre fazer o certo e o errado e a ética como a decisão entre fazer o bem e o mal.

Para agirmos eticamente temos que adquirir consciência e a consciência se desenvolve desde a infância, quando somos levados a nos comportarmos de acordo com as exigências do ambiente social em que vivemos.

A ética  nos ajuda, como sociedade, a impor limites aos riscos constantes da violência.

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Aula 9 - Fundamentalismo religioso
e terrorismo
Fundamentalismo religioso
    Fundamentalismo é a forma de interpretar uma doutrina. O fundamentalista não aceita a verdade e nem discutir seus dogmas, que são vistos como única realidade, resultando às vezes em guerra contra os que não compartilham das mesmas ideias.
     Embora nenhuma religião tenha fundamentalistas na totalidade dos seus seguidores, em várias há grupos fundamentalistas, como em grupos cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, etc..
    A palavra fundamentalismo, nos últimos tempo, começou a ser usada genericamente para descrever apenas grupos radicais islâmicos (ou muçulmanos), mas nem todos são fundamentalistas e, como vimos, nem só nessa religião existem esses grupos.
    O livro sagrado do islã, o Alcorão, prega a tolerância, sobretudo com os judeus e os cristãos, mas a leitura desse livro sagrado pode levar a interpretações erradas.
    A palavra jihad, presente no Alcorão, significa empenho pela causa de deus, é interpretado como "guerra santa", que leva à violências físicas e psicológicas com discordantes do dogma muçulmano. Entretanto, durante séculos, muitos grupos religiosos se utilizaram de violência para impor sua religião, como católicos, protestantes, judeus e muçulmanos.
    
Terrorismo
    A palavra terrorismo surgiu durante a primeira etapa da Revolução Francesa para caracterizar a matança de inúmeros opositores do Estado. 
    Hoje em dia, terrorismo é definido como uma prática de violência ou intimidação que pode estar presente de diversas formas:
  • Grupos organizados - promovem medo em populações e em governos através de diversas formas.
  • Um único indivíduo - provocando o medo por motivos pessoais, políticos e religiosos.
  • Estado - quando o governo promove torturas, mortes e perseguições contra seus cidadãos.
    Para impor o terrorismo, o Estado utiliza-se de polícia secreta e grupos paramilitares (grupos armados não oficiais) para reforçar a insegurança e o medo da população.
    Países atingidos pelo terrorismo, como Estados Unidos e Inglaterra, que nesse século sofreram ataques e invadiram o Iraque e o Afeganistão, também implantam severas repressões em países estrangeiros, causando graves violências contra populações dos países invadidos.
    Grupos que praticam o terrorismo não creem no caminho político para solucionar problemas e enxergam o terror como única forma de alcançarem os seus objetivos.

    O crime organizado também utiliza métodos de terror para intimidar a polícia e a população. Grupos como o PCC em São Paulo e o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, constantemente promovem ataques para desestabilizar governos e a polícia.
    Nosso desafio é conseguir que o bom senso vença e que a paz seja alcançada em nossa sociedade e no mundo. Para isso, tempos que estar unidos e exercer nossa cidadania, exigindo nossos direitos e agindo sempre para o bem estar da sociedade.
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Aula 10 - Cultura de paz -
a luta pelos Direitos Civis nos Estados Unidos
e o Apartheid na África do Sul.

    A partir do deslocamento dos grupos humanos pelo planeta, cada um adquiriu sua própria forma, jeito e características, resultantes da adaptação ao meio em que viviam. Entre essas características estão a cor da pele, cabelo, cor dos olhos, formato do rosto, etc..
    Com a possibilidade das grandes viagens em curto espaço de tempo. Com o desenvolvimento dos meios de transporte, esse grupos passaram a se encontrar e esse encontro nem sempre se deu de forma amistosa, mas resultaram muitas vezes em guerras e escravidão. Os grupos que se tornaram dominantes acabaram por considerar inferiores os que eram dominados e usar suas características físicas como justificativa para essa inferioridade. Essa é a semente do racismo e da discriminação.
    A ideia de que os grupos que dominavam eram superiores simplesmente por serem mais fortes e que isso justificava o direito de dominar foi amplamente divulgada para legitimar a escravização. Buscou-se também na Ciência uma razão para que essa dominação pudesse ser justa, mas nenhum estudo foi capaz de provar que as diferenças físicas pudessem dividir os seres humanos em categorias de mais ou menos capacitados, seja lá para o que for.
    Nos Estados Unidos, essas justificativas racistas, baseadas em teorias religiosas ou pseudocientíficas foram usadas para que os colonos brancos utilizassem a mão-de-obra escravizada dos africanos e que invadissem e tomassem o território dos povos originários da América do Norte.
    Mesmo depois da abolição da escravatura nos Estados Unidos, o povo negro sofreu com o apartheid, sistema em que os direitos civis das pessoas negras eram inferiores aos direitos civis dos brancos. Muit9os negros foram assassinados pela chamada elite WASP (White Anglo-Saxon Protestant) e pelos brancos que se sentiam incomodados com a liberdade dos que um dia foram escravizados.
    Como resistência ao racismo imposto, os negros estadunidense se organizaram e lutaram pela igualdade, às vezes de forma pacífica e legal, às vezes de forma violenta. O fim da segregação racial se deu em 1964, com a Lei dos Direitos Civis e completada em 1965, com a Lei do Direito ao Voto.
    Dentre muitos líderes da luta pelo fim da segregação racial nos Estados Unidos estão o pastor evangélico Martin Luther King, o ativista Malcoln X, ambos assassinados, Rosa Parks, uma mulher negra que se recusou a obedecer a lei que a obrigava a ceder o assento no ônibus a um branco e Huey Newton e Bobby Seale, fundadores dos Panteras Negras, grupo armado que lutava contra a violência policial nos bairros negros. Tanto Newton como Seale foram condenados à prisão.

    




















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