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8ª série - História

 Aula 1

O Valor do Trabalho:  a escravidão e a servidão na Antiguidade e o trabalho escravo nos dias atuais


Tipos de trabalho:
  • Indústrias - operários, secretárias, executivos, etc.

  • Comércio - balconistas, vendedores, gerentes, etc.

  • Serviços - babás, diaristas, motoristas, trabalhadores em informática, professores, etc.

Trabalho - atividade física ou mental que produz algum bem.

Karl Marx - há uma relação entre o acúmulo de riqueza do capitalista e o empobrecimento do trabalhador. O valor do trabalho não pago é chamado por Marx de mais valia.

Adam Smith - o valor da mercadoria depende do trabalho utilizado para produzi-la - tempo, técnica, gastos, etc..

Adam Smith é um pensador capitalista e acredita que só o capitalista, que concentra a renda, pode ofertar trabalho, aumentar a produtividade e beneficiar toda a sociedade.

Karl Marx é um pensador socialista e acredita que o trabalhador é alienado do seu trabalho, pois não é dono do seu tempo e nem do que produz.

Para Smith a propriedade privada, ou seja, os meios de produção é essencial para o desenvolvimento e Marx, por sua vez, acredita que sem a força de trabalho de nada valem os meios de produção e que os meios de produção tem que pertencer a quem produz, ou seja, o trabalhador.

A Escravidão não foi só africana

Além das visões marxista e capitalista do trabalho, precisamos entender como pode ser entendida a escravidão.

Durante a escravidão, o trabalhador era visto como coisa, ou um ser sub-humano, sem vontade própria, apenas sujeito a obedecer, um bem de alguém.

Os africanos não foram os únicos a serem escravizados na História, mas mesmo lá, houve três tipos de escravidão:

  • A tradicional - ou aquela praticada internamente entre os reinos e impérios africanos e que diz respeito aos seus desenvolvimentos. Nesse tipo, a escravidão era resultante da derrota em guerras entre reinos e os derrotados passavam a servir os vencedores e em pouco tempo eram considerados parte da sociedade, podendo até mesmo casar-se com familiares do senhor e alcançar a liberdade. Não se podia vender nenhum ser humano.
  • A realizada pelos árabes. Era um fato normal, pois o escravizado aceitava a condição de submisso ao senhor e gozava de certa liberdade, inclusive podendo alcança-la plenamente se aderisse ao islamismo.
  • A praticada pelos europeus. As grandes potências europeias estimulavam guerras entre os povos africanos e fortaleciam um lado com armas, na condição de que os derrotados fossem vendidos para o trabalho escravo na América. Nesse caso, o escravizado jamais poderia gozar de liberdade e não tinha nenhum direito que não fosse concedido pelo escravizador. Torturas e assassinatos faziam parte desse processo.
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No Mundo Antigo - Grécia, Roma, Egito e Mesopotâmia - a escravidão tinha o argumento do apoio divino, ou seja, Deus, ou os deuses fizeram pessoas para escravizar ou serem escravizadas.
Até entre os filósofos buscou-se uma tentativa de justificá-la, mas nem todos concordavam.


Na Roma Antiga, havia duas maneiras de se tornar um escravo. Uma era ser derrotado em guerras e outra era através de dívidas, quando deveria se trabalhar para alguém até que essa dívida fosse paga.
Com a decadência do Império Romano e o fim da escravização por dívidas, os escravizados passaram a se tornar mais caros e criou-se então uma nova forma de trabalho. Os mais pobres e sem terras passavam a trabalhar nas terras dos grandes proprietários em troca de comida e abrigo. Embora não fossem obrigados, estavam sempre em dívida com o senhor de terras e seus descendentes herdavam as condições de servos. Na prática era um trabalho escravo também. Esses trabalhadores tinham o nome de colonis.

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Aula 2
A Revolução Industrial - educação e consumo



A Revolução Industrial foi um conjunto de inovações tecnológicas iniciada na Inglaterra ao longo dos séculos XVIII e XIX.

Foi consequência da melhoria técnica e da reorganização do trabalho.

A maior parte da produção artesanal passou a ser feita por máquinas, barateando o produto e tornando mais rápida a sua fabricação.

Produção Artesanal - o artesão controla todas as etapas do trabalho.

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Manufatura - cada trabalhador realiza uma etapa da confecção do produção.

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Interferência do capitalista - determinava o ritmo da produção e implementou novas técnicas.

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Revolução Industrial


A fábrica concentra trabalhadores conhecidos como operários ou proletariado.

A palavra proletariado surge como uma conotação pejorativa, pois vem da palavra prole, que significa o conjunto de filhos de alguém. Como os trabalhadores que chegavam do campo traziam o costume de ter um número elevado de filhos, era dito que “era o melhor que podiam fazer”.

Viviam em péssimas condições, tinham salários muito baixos que mal dava para se alimentarem e chegavam a jornadas de 16 horas por dia.

Quanto mais máquinas eram inseridas na produção e era diminuído o esforço muscular, mais mulheres e crianças eram postas no mercado de trabalho.

Lesões e mortes eram frequentes, pois não havia segurança no manuseio das máquinas.

Os cercamentos

Muitos senhores de terra, que mantinham um sistema de servidão com agricultores pobres, os expulsaram das suas terras para a criação de ovelhas, empurrando um grande contingente de pessoas para as cidades, como Londres, Liverpool e Manchester. Como não havia vagas para todos na indústria, essas pessoas acabavam por morar na rua e em cortiços, vivendo de esmolas ou pequenos furtos.


---------------------------------------------------------------------------------------------------------------Aula 3

Educação e Consumo

Segundo Aristóteles, "o homem é um animal social por natureza, nasceu pra viver em sociedade, e como tal ser educado".

Segundo o filósofo, tem que haver um equilíbrio entre o excesso de consumo e a satisfação do prazer. Consumir faz parte da natureza social do ser humano e é essencial para a sua sobrevivência, mas como saber o limite saudável entre o necessário e o excessivo? Aristóteles diz que só a educação pode indicar esse equilíbrio.

Aristóteles ( 384 a 323 a.C.)

Há um consumo ostentatório que vai além das necessidades de conforto e prazer, é o consumo como forma de status, que impõe uma cultura seguida também pelos mais pobres.

A mercadoria tem mesmo o valor que é atribuído à ela ou esse valor é apenas um fetiche criado de forma fantasiosa?

Uma marca vale o que vale ou ganha valor a partir do número de pessoas que a procuram, seja pela propaganda ou por qualquer outro motivo?

Há necessidades naturais por um determinado produto e também uma necessidade artificial que faz com que compremos sem que realmente pensemos a respeito dessa necessidade.

Consumir é um exercício de cidadania?

Podemos nos sentir parte da sociedade quando compramos coisas que a maioria das pessoas deseja?

Podemos nos tornar mais felizes comprando mais?

A maioria dos bens de consumo que sustentam a base do capitalismo não são bens duráveis, obrigando as pessoas a comprarem cada vez mais.

Como a distribuição de renda é muito desigual, quem não tem condições de acessar esses bens acaba se sentindo fora da sociedade de certa forma. Da mesma forma, um cidadão que tem amplo acesso ao consumo pode se sentir com mais direitos por isso.

Inconscientemente atrela-se a cidadania ao consumo.


O trabalhador se organiza
Na Inglaterra, na metade do século XIX, começam a surgir as primeiras organizações operárias. A partir da tomada de consciência das suas condições precárias de trabalho, o trabalhador se organiza para mudar essa situação.
Em 1848, Karl Marx e Friedrich Engels publicaram o Manifesto Comunista, onde ressaltam que há uma luta de classes e que somente tomando os meios de produção através de uma revolução, os operários irão resolver esse conflito.
 

Segundo Marx, a tomada de consciência da classe a qual pertenciam era fundamental para os trabalhadores se organizarem na luta pelos seus direito e no processo revolucionário para a destruição do capitalismo e implementação do socialismo.

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Aula 4


Antecedentes
  • Primeira Guerra ou Grande Guerra – efeito mundial;

  • Revolução Industrial – necessidade de mercado consumidor;

  • Invasão à África e Ásia – Imperialismo;

  • Disputa pelo domínio econômico de outros países;


Principais países imperialistas:


  • França, Inglaterra, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica, Rússia, Estados Unidos e Japão;

  • Crescimento econômico de Alemanha e Itália e desagrado de França e Inglaterra.


imperialismo-color-20131.jpg


  • Rivalidade entre países industrializados – sobretudo Alemanha e Inglaterra;

  • Valorização da guerra como fortalecimento das raças e dos países;

  • Militarismo e nacionalismo ensinado nas escolas;

  • França – sentimento de revanchismo contra a Alemanha pelas regiões perdidas – Alsácia e Lorena;

  • Alemanha - unir os povos germânicos (pan-germanismo);

  • Rússia - unir os povos eslavos (pan-eslavismo);


 

1914 – O Atentado de Sarajevo


  • Arquiduque austríaco Francisco Ferdinando assassinado por Gavrilo Princip (Mão Negra) – envolvimento do exército sérvio;

  • Declaração do Império Austro-Húngaro e países da aliança arrastados;


O confronto:

Ilusão de guerra rápida;

Avanço alemão pela Bélgica;

Guerra de trincheiras;

Avanço industrial aplicado à indústria bélica;

  • 1918 – Rússia abandona a guerra e se inicia a Revolução Russa;

  • Alemanha – ataques a navios comerciais – prejuízos à Inglaterra;

  • Navio estadunidense afundado pela Alemanha – EUA hesita;

  • Receio da vítória alemã após a saída da Rússia;

  • Entrada dos EUA e vitória dos aliados.


O Tratado de Versalhes


  • Pagamento de pesada indenização;

  • Desarmamento generalizado;

  • Perda de territórios;

  • Fim do império colonial na África e Ásia;


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Aula 5 - A Revolução Russa



  • Rússia – aliança com o Império Húngaro e Austríaco – Santa Aliança;


  • Extremamente conservadora, tinha um considerável avanço industrial, uma burguesia dinâmica e estagnação político social gerando conflitos;

  • Derrota para o Japão e desmoralização do Czar;

  • Crise em virtude da economia de guerra gerando revoltas;


    Em 9 de janeiro de 1905, trabalhadores realizavam uma caminhada pacífica até o palácio do Czar Nicolau II para pedir melhores condições de vida para o povo. A resposta foi um massacre que deixou quase mil mortos e centenas de feridos. A resposta foi uma eclosão de desordem e saques por toda a Rússia, dando início à Primeira Revolução Russa de 1905, rapidamente derrotada, mas que deixou sementes de revolta em toda a população.

Czar do Império Russo, Nicolau II

    A Revolução de 1905 fez surgir os soviétes (núcleos de luta dos trabalhadores) por toda a Rússia.

Encouraçado Potemkin

    No dia 27 de junho de 1905, um navio militar russo que partia para um confronto contra as tropas japonesas, se amotina e se recusa a combater devido às péssimas condições dos marinheiros. Um dos seus líderes é morto e os marinheiros de baixa patente assassinam os oficiais, tomando o controle da embarcação, abalando ainda mais a autoridade do Czar.

    No mesmo ano é criada o D.U.M.A., parlamento russo que visava dividir as decisões políticas com Nicolau II, mas tem curta duração e é fechado pelo imperador.

    É criado então o PSDOR, Partido Operário Social-Democrata Russo, que pouco depois se dividiria em Bolcheviques e Mencheviques.


    Mencheviques – reformistas – pretendiam uma aliança entre burguesia e trabalhadores contra o czar;

    Bolcheviques – revolucionários – queriam a tomada do governo pelo povo através da revolução;

Primeira Parte da Revolução Russa - fevereiro de 1917 - Saída do Czar e governo do Príncipe Lvov com caráter liberal.

Mencheviques & bolcheviques contra o czar. Revolução de março e mencheviques no poder com Alexander Kerensky. A ideia bolchevique de tirar o czar do poder e manter um governo burguês predominou;

Segunda Parte - outubro de 1917.

Com o a deposição de Lvov, filho de Nicolau, e o governo menchevique de Kerensky no poder, alguns imigos do imperador puderam voltar à Rússia, entre eles, Lenin, que organiza os bolcheviques para tomar o poder e estabelecer um governo socialista. Inicia-se um confronto entre o Exército Branco (menchevique) contra o Exército Vermelho (bolchevique). O Exército Branco recebe amplo apoio das potências europeias, sobretudo de Inglaterra e França, mas é derrotado em 1921, quando a Rússia se torna União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), governada por Vladimir Lenin, até a sua morte em 1924.

Vladimir Lenin

Stalin Trotsky

Após a morte de Lenin, o governo foi disputado por Trotsky (chefe da Guarda Vermelha) e Joseph Stalin, um jovem revolucionário, com grande capacidade retórica e carisma. Stalin é eleito e governa de forma ditatorial, perseguindo e eliminando seus opositores, entre eles, Trotsky. Ambos divergiam entre exportar a revolução (Trotsky) ou concentrar nas lutas internas (Stalin).

Até a sua morte, a União Soviética viveu um período de autoritarismo, com muitas perseguições políticas e mortes dos opositores de Stalin, mas com um grande crescimento econômico e social.

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Aula 6 - A Grande Depressão


Na imagem acima podemos ver no cartaz, uma família branca e feliz, a bordo de um automóvel e os dizeres exaltando o modo de viver do estadunidense. Logo abaixo do cartaz, no entanto há uma fila de pessoas pobres e negras esperando para receber comida da assistência social.
Após a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos passam a ter uma hegemonia econômica pelo fato de seu país não ter sido atingido e os seus principais concorrentes econômicos na Europa estarem tentando se reconstruir.
Por esse motivo, quase a totalidade dos produtos industrializados vendidos no mundo saíam das fábricas norte-americanas. Gozavam de uma Situação  privilegiada, sua cultura estava em expansão, o que lhe ajudava a vender os seu produtos através do American Way of Life (estilo americano de vida). Havia assim, no país, uma crença na superioridade dos seus valores e era vendida uma ideia de que o povo estadunidense tinha uma forte dedicação ao trabalho e à religião. Os ganhos em bolsas de valores, a segregação racial e má distribuição de renda confrontavam essa presumível virtude.

 

A crise de 1929

Apesar das aparências, os Estados Unidos tinham uma prosperidade com bases pouco sólidas. Ocorreu uma diminuição do  consumo na Europa e pouca redução da produção nos EUA gerando um grande estoque que precisaria ser vendido para manter a sensação de prosperidade.
A Bolsa de Nova Iorque, por sua vez, mantinha grande liquidez e montante de capital e o país obtinha mais lucro com especulação financeira do que com produção, gerando uma bolha especulativa. Em outubro de 1929 ouve uma quebra geral em Wall Street que ficou conhecida como a Quebra da Bolsa de Nova Iorque. Cada vez mais investidores colocavam suas ações à venda. empresas tiveram que frear a produção em meio à crise gerando uma grande massa de desempregados. Esse momento ficou conhecido como a Grande Depressão;

Os investidores tentavam, sem sucesso, vender as suas ações que despencavam na Bolsa.

Multidão em frente ao Union Bank

A Grande Depressão

  • EUA – falência e desemprego maciços;

  • 25% de desempregados – por vários anos;

  • Produção agrícola não encontrava mercado nos grandes centros;

  • Alimentos apodreciam;

  • Bancos que financiavam as colheitas não recebiam os empréstimos;

  • Deflação – preços caíam e aumentava o círculo vicioso;

  • Colapso do mercado mundial dependente do capital dos EUA;

  • Brasil – crise do café;

  • União Soviética – regime fechado – não foi afetada;

  • Fim do capitalismo? Socialismo como solução?


 
No Governo de Frank Roosevelt foi criado o new deal (novo acordo) e implantado o keynesianismo pelo economista John M. Keynes, onde, ao contrário do ideal liberal do capitalismo, o governo interferiu na economia de forma severa, imprimindo moedas, criando obras pública para geração de empregos e um plano social que consistia em seguro desemprego e salário mínimo. Apesar de durar uma década, a crise foi superada e essa superação acabou sendo uma resposta ao socialismo crescente.

John Maynard Keynes

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Aula 7 - O Surgimento do Nazifascismo

Das grandes potências da Europa, duas saíram em grande prejuízo com a Primeira Guerra Mundial. A Itália não havia recebido as tais colônias na África, prometidas para que não lutasse aos lado da Alemanha. A Alemanha estava afundada em crise pela destruição do seu território e pelo pagamento da indenização imposta pelo Tratado de Versalhes. Esse cenário se tornou terreno fértil para ideias autoritárias como o nazismo e o fascismo.

 
Benito Mussolini e Adolf Hitler O fáscio, símbolo fascista A suástica nazista

Itália
Com os gastos financeiros e as perdas humanas durante a Grande Guerra e nenhuma contrapartida, o país se encontrava muito desmoralizado. Assim, as ideias de Benito Mussolini, o fascista italiano, ganharam força durante o período entreguerras.
O argumento era o de recuperar o orgulho do povo italiano, historicamente imperialista, forte e dominador, haja vista o tempo do Império Romano. A ideologia de Benito Mussolini pregava um governo forte em torno de um líder, no caso ele, que combatesse quaisquer ideias contrárias ao fascismo, sobretudo anarquistas e socialistas e a xenofobia. Para isso criou o grupo Fasci Italiani di Combattimento, os Casmisas Negras e marchou sobre a cidade de Roma em 1922, como fez o ditador Júlio César sobre a república romana séculos atrás para mostrar força.
 
A Marcha dos camisas negras sobre Roma.

O rei Vitor Emmanuel III acabou por nomear Mussolini como primeiro ministro, mas logo em seguida cedeu e entregou-lhe o poder. O golpe de Mussolini teve apoio da burguesia, que temia que os socialistas tomassem o poder como na Rússia e da Igreja, que em troca viu oficializado o Vaticano como território independente pertencente à ela.
1929 - O Papa Pio XI e a assinatura do Tratado de Latrão,
que oficializava o Vaticano como território oficial da Igreja Católica.

Mussolini criou a OVRA, grupo de repressão ao antifascismo, controlou a imprensa e propaganda e perseguiu opositores do regime.
O nome fascismo vem da ideia do feixe, ou facho, antigo símbolo romano que dava ideia de união do povo sob comando de um líder.
OVRA - a polícia particular de Mussolini Mussolini e sua esposa assassinados
durante a Segunda Guerra Mundial

Alemanha

A Alemanha viveu um processo semelhante ao da Itália. Por ter sido derrotada na guerra viveu uma crise econômica muito séria, que embora tenha sido temporariamente amenizada com a ajuda econômica pelos Estados Unidos, voltou a se agravar com a crise de 1922 e o pedido de pagamento dos empréstimos. Nesse cenário, ideias radicais, como o socialismo e o fascismo afloravam no seio da população. Aproveitando-se dessa insegurança e do orgulho ferido pela derrota, um austríaco chamado Adolf Hitler se aproxima da classe trabalhadora, primeiro fundando um partido que se designava como socialista, o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães que depois viria a se tornar o Partido Nazista.
 
O símbolo do Partido Nacional Socialista de Hitler e seu livro, Mein Kumpf, escrito na cadeia em 1925, após uma frustrada tentativa de golpe de Estado.

Seus fundamentos eram pregar a superioridade do povo ariano (germânico), que seria descendente do deus Ares, o deus da guerra, e combater povos estrangeiros, sobretudo os judeus, socialistas, anarquistas, ciganos, homossexuais, visto como degenerados pelos nazistas, pessoas com necessidades especiais, negros, feministas, etc..
Panfletos criados pelo regime nazista, que
induziam o povo a acreditar na superioridade alemã.

Hitler, como Mussolini, criou um grupo de combate, a SS, sua polícia particular, controlou os meios de comunicação, de propaganda e impôs um governo autoritário que iria até o final da Segunda Guerra Mundial, quando se suicidou.
 
SS, a polícia de Hitler O nazismo era ensinado nas escolas militarizadas de Hitler

Os argumentos do Fuhër (líder), como era chamado, era o de recuperar o orgulho do povo alemão, que um dia, assim como o povo italiano, foi um reich (império).
Se eram descendentes de um deus haveriam de reinar sobre a humanidade criando o Terceiro Reich. O primeiro com o império germânico, o segundo com a império prussiano e agora com o governo nazista de Hitler. Nesse ideário, a democracia era vista como uma fraqueza e a guerra como uma maneira de depurar a humanidade, onde só os mais fortes sobreviveriam. Seus lemas eram "A Alemanha acima de tudo" e "Um povo, um líder, um império".
Para isso, iniciou invasões a países vizinhos como a Áustria, a região dos Sudetos, na Tchecoslováquia e a Polônia, em um acordo com Stalin. Durante a Segunda Guerra Mundial, seis milhões de pessoas foram assassinadas pelo regime nazista de Hitler, na sua maioria judeus.

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Aula 8 - A Segunda Guerra Mundial

Segunda Guerra Mundial 1.jpg
Antecedentes:

Conflitos não resolvidos - Tratado de Versalhes;Crise econômica alemã e crescimento nacionalista;
Ascensão dos Estados Unidos e crescimento da URSS;
Crise de 1929 – governos nazifascistas – intervenção econômica e política expansionista;
Alemanha – Lebensraum (espaço vital);
Japão – controle dos territórios asiáticos – invasão à China em 1931;
Itália – invasão à Etiópia 1935;
Alemanha – invasão à Áustria – 1938;
Maior rivalidade entre extrema-esquerda e extrema-direita;

Guerra Civil Espanhola (1936-1939)1936 – eleito Manuel Azaña - Frente Popular (esquerda);Golpe de Estado – militares de direita (Gal. Franco);
Esquerda – apoio da URSS, populares urbanos e brigadas internacionais de voluntários;
Direita – apoio do bloco neonazista, da Igreja e de setores camponeses liderados por Franco;
Aviões alemães atacaram Guernica (1937);1939 – Queda da Frente Popular – Franco governou até a morte em 1975;
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Guernica  (1937) – Pablo Picasso

1938 – Hitler – invasão à Tchecoslováquia;
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1938 – Conferência de Munique – tolerância aos nazistas por medo do expansionismo soviético;
1939 – ameaças de Hitler à Polônia por territórios perdidos;
Pacto de não agressão com a União Soviética;1939 – invasão da Polônia e início da Segunda Guerra;

Segunda Guerra Mundial

Países do Eixo - Alemanha, Itália e Japão - Eixo Roma-Berlim-Tóquio
Aliados - Inglaterra, França, União Soviética e Estados Unidos

1939 a 1941 – vitórias do Eixo;
Alemanha – blitzkrieg (guerra relâmpago);
Domínios alemães;
Norte da França e a República de Vichy;
   

Combate contra a Inglaterra - "Nunca tantos deveram a tão poucos";
Bloqueio de Hitler aos petroleiros ingleses – Canal de Suez e Norte da África;
1941 Junho - invasão à URSS; - 
Dezembro – ataque do Japão a Pearl Harbor; 
  

A partir de 1942 – vitórias dos aliados;
Batalha de Al Alamein – Egito – controle do Mar Mediterrâneo;
1943 – Batalha de Stalingrado – vitória da URSS;
Marcha à Alemanha e libertação de países;
6 de junho de1944 – Dia D – Desembarque na Normandia;

Libertação da França e suicídio de Hitler;
1945 Abril – morte de Mussolini e rendição da Alemanha;
Maio – Bomba atômica sobre Hiroshima e Nagasaki;

Consequências da Segunda Guerra - 40 milhões de mortos, 30 milhões de feridos e início da Guerra Fria;

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Aula 9 - A Guerra Fria

    Com o fim da segunda Guerra Mundial, as ideologias capitalista e socialista buscavam espaço no mundo inteiro e do lado ocidental da Alemanha, predominou o capitalismo, liderado pelos estados Unidos, e do lado oriental a ideologia socialista, liderado pela União Soviética.
    Como ambos os países tinham grande poder bélico e influência pelo mundo, travou-se uma guerra entre ambos apenas ideológica, pois um confronto real poderia significar o fim da humanidade, tamanho poder de fogo.
    Em 1945, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, houve a Conferência de Yalta, reunião entre os países aliados que definiu as duas áreas de influência, Leste e Oeste europeu. Em 1947, os Estados Unidos criaram o Plano Marshall – reconstrução da Europa Ocidental. Dois anos depois, foi criada a OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte - bloco militar capitalista, liderado pelos estadunidenses.
    Como resposta, a União Soviética criou o Pacto de Varsóvia, bloco militar socialista que agrupava países do Leste europeu. Seis anos antes, havia criado um plano de ajuda econômica para seus aliados, chamado de COMECOM - Conselho de Assistência Econômica Mútua.
    Essa divisão entre o Oeste e o Leste europeus, ficou conhecida como "cortina de ferro", e teve como marco físico a construção do Muro de Berlim, que dividiu a capital da Alemanha e o próprio país ao meio, tendo o capitalismo como influência do lado ocidental e o socialismo do lado oriental. Essa divisão ideológica se espalho por todo o mundo, dividindo países e povos e gerando muitos conflitos.
    Como não podiam se enfrentar de forma concreta, Estados Unidos e União Soviética buscavam meios de atrair o maior número de aliados através da propaganda, tendo como veículo dessa propaganda os meios de comunicação de massa, a tecnologia e os esportes.
    Em 1957, A URSS lançou ao espaço a cachorra Laica, como propaganda tecnológica e iniciou a corrida espacial, dando sequência com a ida do astronauta Iuri Gagarin também ao espaço, no dia 27 de março de 1968. Os Estados Unidos, por sua vez, em 20 de julho de 1969, enviou os astronautas, Michael Collins, Neil Armstrong e Buzz Aldrin à Lua, sendo que apenas os dois últimos pisaram no solo lunar, tendo o primeiro permanecido no módulo espacial.
    Nas Olimpíadas de 1980, os Estados Unidos e outros países capitalistas aliados boicotaram a competição, realizada em Moscou, na URSS. Como resposta, na Olimpíada de Los Angeles, em 1984, a URSS e países aliados também não participaram.


























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