Aula 1
O Valor do Trabalho: a escravidão e a servidão na Antiguidade e o trabalho escravo nos dias atuais
Indústrias - operários, secretárias, executivos, etc.
Comércio - balconistas, vendedores, gerentes, etc.
Serviços - babás, diaristas, motoristas, trabalhadores em informática, professores, etc.
Trabalho - atividade física ou mental que produz algum bem.
Adam Smith é um pensador capitalista e acredita que só o capitalista, que concentra a renda, pode ofertar trabalho, aumentar a produtividade e beneficiar toda a sociedade.
Karl Marx é um pensador socialista e acredita que o trabalhador é alienado do seu trabalho, pois não é dono do seu tempo e nem do que produz.
Para Smith a propriedade privada, ou seja, os meios de produção é essencial para o desenvolvimento e Marx, por sua vez, acredita que sem a força de trabalho de nada valem os meios de produção e que os meios de produção tem que pertencer a quem produz, ou seja, o trabalhador.
A Escravidão não foi só africana
Além das visões marxista e capitalista do trabalho, precisamos entender como pode ser entendida a escravidão.
Durante a escravidão, o trabalhador era visto como coisa, ou um ser sub-humano, sem vontade própria, apenas sujeito a obedecer, um bem de alguém.
Os africanos não foram os únicos a serem escravizados na História, mas mesmo lá, houve três tipos de escravidão:
- A tradicional - ou aquela praticada internamente entre os reinos e impérios africanos e que diz respeito aos seus desenvolvimentos. Nesse tipo, a escravidão era resultante da derrota em guerras entre reinos e os derrotados passavam a servir os vencedores e em pouco tempo eram considerados parte da sociedade, podendo até mesmo casar-se com familiares do senhor e alcançar a liberdade. Não se podia vender nenhum ser humano.
- A realizada pelos árabes. Era um fato normal, pois o escravizado aceitava a condição de submisso ao senhor e gozava de certa liberdade, inclusive podendo alcança-la plenamente se aderisse ao islamismo.
- A praticada pelos europeus. As grandes potências europeias estimulavam guerras entre os povos africanos e fortaleciam um lado com armas, na condição de que os derrotados fossem vendidos para o trabalho escravo na América. Nesse caso, o escravizado jamais poderia gozar de liberdade e não tinha nenhum direito que não fosse concedido pelo escravizador. Torturas e assassinatos faziam parte desse processo.
A Revolução Industrial foi um conjunto de inovações tecnológicas iniciada na Inglaterra ao longo dos séculos XVIII e XIX.
Foi consequência da melhoria técnica e da reorganização do trabalho.
A maior parte da produção artesanal passou a ser feita por máquinas, barateando o produto e tornando mais rápida a sua fabricação.
Produção Artesanal - o artesão controla todas as etapas do trabalho.
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Manufatura - cada trabalhador realiza uma etapa da confecção do produção.
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Interferência do capitalista - determinava o ritmo da produção e implementou novas técnicas.
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Revolução Industrial
A fábrica concentra trabalhadores conhecidos como operários ou proletariado.
A palavra proletariado surge como uma conotação pejorativa, pois vem da palavra prole, que significa o conjunto de filhos de alguém. Como os trabalhadores que chegavam do campo traziam o costume de ter um número elevado de filhos, era dito que “era o melhor que podiam fazer”.
Viviam em péssimas condições, tinham salários muito baixos que mal dava para se alimentarem e chegavam a jornadas de 16 horas por dia.
Quanto mais máquinas eram inseridas na produção e era diminuído o esforço muscular, mais mulheres e crianças eram postas no mercado de trabalho.
Lesões e mortes eram frequentes, pois não havia segurança no manuseio das máquinas.
Os cercamentos
Muitos senhores de terra, que mantinham um sistema de servidão com agricultores pobres, os expulsaram das suas terras para a criação de ovelhas, empurrando um grande contingente de pessoas para as cidades, como Londres, Liverpool e Manchester. Como não havia vagas para todos na indústria, essas pessoas acabavam por morar na rua e em cortiços, vivendo de esmolas ou pequenos furtos.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------Aula 3
Educação e Consumo
Segundo Aristóteles, "o homem é um animal social por natureza, nasceu pra viver em sociedade, e como tal ser educado".
Segundo o filósofo, tem que haver um equilíbrio entre o excesso de consumo e a satisfação do prazer. Consumir faz parte da natureza social do ser humano e é essencial para a sua sobrevivência, mas como saber o limite saudável entre o necessário e o excessivo? Aristóteles diz que só a educação pode indicar esse equilíbrio.
Aristóteles ( 384 a 323 a.C.)
Há um consumo ostentatório que vai além das necessidades de conforto e prazer, é o consumo como forma de status, que impõe uma cultura seguida também pelos mais pobres.
A mercadoria tem mesmo o valor que é atribuído à ela ou esse valor é apenas um fetiche criado de forma fantasiosa?
Uma marca vale o que vale ou ganha valor a partir do número de pessoas que a procuram, seja pela propaganda ou por qualquer outro motivo?
Há necessidades naturais por um determinado produto e também uma necessidade artificial que faz com que compremos sem que realmente pensemos a respeito dessa necessidade.
Consumir é um exercício de cidadania?
Podemos nos sentir parte da sociedade quando compramos coisas que a maioria das pessoas deseja?
Podemos nos tornar mais felizes comprando mais?
A maioria dos bens de consumo que sustentam a base do capitalismo não são bens duráveis, obrigando as pessoas a comprarem cada vez mais.
Como a distribuição de renda é muito desigual, quem não tem condições de acessar esses bens acaba se sentindo fora da sociedade de certa forma. Da mesma forma, um cidadão que tem amplo acesso ao consumo pode se sentir com mais direitos por isso.
Inconscientemente atrela-se a cidadania ao consumo.
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Primeira Guerra ou Grande Guerra – efeito mundial;
Revolução Industrial – necessidade de mercado consumidor;
Invasão à África e Ásia – Imperialismo;
Disputa pelo domínio econômico de outros países;
Principais países imperialistas:
França, Inglaterra, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica, Rússia, Estados Unidos e Japão;
Crescimento econômico de Alemanha e Itália e desagrado de França e Inglaterra.
Rivalidade entre países industrializados – sobretudo Alemanha e Inglaterra;
Valorização da guerra como fortalecimento das raças e dos países;
Militarismo e nacionalismo ensinado nas escolas;
França – sentimento de revanchismo contra a Alemanha pelas regiões perdidas – Alsácia e Lorena;
Alemanha - unir os povos germânicos (pan-germanismo);
Rússia - unir os povos eslavos (pan-eslavismo);
1914 – O Atentado de Sarajevo
Arquiduque austríaco Francisco Ferdinando assassinado por Gavrilo Princip (Mão Negra) – envolvimento do exército sérvio;
Declaração do Império Austro-Húngaro e países da aliança arrastados;
O confronto:
Ilusão de guerra rápida;
Avanço alemão pela Bélgica;
Guerra de trincheiras;
Avanço industrial aplicado à indústria bélica;
1918 – Rússia abandona a guerra e se inicia a Revolução Russa;
Alemanha – ataques a navios comerciais – prejuízos à Inglaterra;
Navio estadunidense afundado pela Alemanha – EUA hesita;
Receio da vítória alemã após a saída da Rússia;
Entrada dos EUA e vitória dos aliados.
O Tratado de Versalhes
Pagamento de pesada indenização;
Desarmamento generalizado;
Perda de territórios;
Fim do império colonial na África e Ásia;
Rússia – aliança com o Império Húngaro e Austríaco – Santa Aliança;
Extremamente conservadora, tinha um considerável avanço industrial, uma burguesia dinâmica e estagnação político social gerando conflitos;
Derrota para o Japão e desmoralização do Czar;
Crise em virtude da economia de guerra gerando revoltas;
A Revolução de 1905 fez surgir os soviétes (núcleos de luta dos trabalhadores) por toda a Rússia.
No dia 27 de junho de 1905, um navio militar russo que partia para um confronto contra as tropas japonesas, se amotina e se recusa a combater devido às péssimas condições dos marinheiros. Um dos seus líderes é morto e os marinheiros de baixa patente assassinam os oficiais, tomando o controle da embarcação, abalando ainda mais a autoridade do Czar.
No mesmo ano é criada o D.U.M.A., parlamento russo que visava dividir as decisões políticas com Nicolau II, mas tem curta duração e é fechado pelo imperador.
É criado então o PSDOR, Partido Operário Social-Democrata Russo, que pouco depois se dividiria em Bolcheviques e Mencheviques.
Mencheviques – reformistas – pretendiam uma aliança entre burguesia e trabalhadores contra o czar;
Bolcheviques – revolucionários – queriam a tomada do governo pelo povo através da revolução;
Primeira Parte da Revolução Russa - fevereiro de 1917 - Saída do Czar e governo do Príncipe Lvov com caráter liberal.
Mencheviques & bolcheviques contra o czar. Revolução de março e mencheviques no poder com Alexander Kerensky. A ideia bolchevique de tirar o czar do poder e manter um governo burguês predominou;
Segunda Parte - outubro de 1917.
Com o a deposição de Lvov, filho de Nicolau, e o governo menchevique de Kerensky no poder, alguns imigos do imperador puderam voltar à Rússia, entre eles, Lenin, que organiza os bolcheviques para tomar o poder e estabelecer um governo socialista. Inicia-se um confronto entre o Exército Branco (menchevique) contra o Exército Vermelho (bolchevique). O Exército Branco recebe amplo apoio das potências europeias, sobretudo de Inglaterra e França, mas é derrotado em 1921, quando a Rússia se torna União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), governada por Vladimir Lenin, até a sua morte em 1924.
Após a morte de Lenin, o governo foi disputado por Trotsky (chefe da Guarda Vermelha) e Joseph Stalin, um jovem revolucionário, com grande capacidade retórica e carisma. Stalin é eleito e governa de forma ditatorial, perseguindo e eliminando seus opositores, entre eles, Trotsky. Ambos divergiam entre exportar a revolução (Trotsky) ou concentrar nas lutas internas (Stalin).
Até a sua morte, a União Soviética viveu um período de autoritarismo, com muitas perseguições políticas e mortes dos opositores de Stalin, mas com um grande crescimento econômico e social.
A Grande Depressão
EUA – falência e desemprego maciços;
25% de desempregados – por vários anos;
Produção agrícola não encontrava mercado nos grandes centros;
Alimentos apodreciam;
Bancos que financiavam as colheitas não recebiam os empréstimos;
Deflação – preços caíam e aumentava o círculo vicioso;
Colapso do mercado mundial dependente do capital dos EUA;
Brasil – crise do café;
União Soviética – regime fechado – não foi afetada;
Fim do capitalismo? Socialismo como solução?
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