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8ª série - Geografia

  Aula 1

O Desemprego - causas e consequências


  • O índice global de desemprego permaneceu em 5% em 2024, o mesmo patamar de 2023.

  • O estudo revela que, em 2023, um em cada cinco jovens – 20,4% da população mundial – não tinha emprego, estudo, nem formação. Dois em cada três destes jovens eram mulheres. Além disso, os homens jovens se beneficiaram muito mais da recuperação do mercado de trabalho do que as mulheres.

  • Ações que podem beneficiar os jovens no mercado de trabalho - políticas de incentivo para abertura de empresas próprias e promoção de cursos voltados para os novos meios de trabalho, sobretudo voltados às tecnologias à internet.

  • O medo do desemprego desune a classe trabalhadora, que, por medo de ficar desempregada deixa de reivindicar os seus direitos trabalhistas.

  • A falta de políticas públicas para a correção salarial promove uma perda do poder aquisitivo do trabalhador. Se a inflação sobe, o valor do salário recebido acaba não sendo o mesmo, pois perde o poder de compra.

Desemprego conjuntural

  • Desemprego em virtude de mudanças repentinas ligadas às crises econômicas, secas, enchentes, etc.. Este tipo de desemprego não é permanente.

Desemprego estrutural

  • Desemprego causado por mudanças permanentes no mercado de trabalho, geralmente ligadas à mecanização e à tecnologia. Isso faz com que alguns tipos de trabalho deixem de existir ou tenham menos vagas.




O trabalho informal e o desemprego são reflexos da crise mundial do emprego.

As novas tecnologias reduzem drasticamente as vagas de emprego.

A solução seria a requalificação para novos tipos de trabalhos modernos, mas a falta de mais investimentos em cursos e a velocidade em que a tecnologia avança, geralmente não dá tempo para o preenchimento e abertura das vagas.





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Aula 2

Trabalho e emprego nos dias de hoje



Se no início, a escravização, sobretudo de africanos foi a base do lucro do sistema capitalista possibilitando a criação de fábricas, na chamada Revolução Industrial, a partir daí a produção em massa necessitava de consumidores. Sendo assim, a mão de obra não remunerada não interessava, pois sem salário quem compraria os produtos fabricados?


No início não havia direitos trabalhistas e as condições de trabalho eram insalubres. A mão de obra assalariada contava com mulheres e crianças e era ainda mais baixo o valor do trabalho para essas categorias.

As lutas sindicais, greves e manifestações conquistaram melhores condições para os trabalhadores, como férias, décimo terceiro salário, direito à greve, INSS, FGTS, Seguro Desemprego e aposentadoria.


Os impostos pagos pelos empresários ao governo pelos direitos dos trabalhadores geram menos lucros. Como alternativa investe-se muito em tecnologia como máquinas de última geração, robôs, informática e atualmente inteligência artificial.

Essa modernização, como aconteceu no passado, ocasiona desemprego.


Uma alternativa para baratear os custos das empresas com o trabalhador é a terceirização do trabalho, quando uma empresa contrata outra de menor porte que oferece a mão de obra necessária pagando um salário, muitas vezes muito baixo e tirando da empresa maior as obrigações com os trabalhadores. Nesse caso há uma grande frequência de desrespeito às leis trabalhistas, que quando são punidas livram também as empresas maiores.


Cooperativa - é uma alternativa que possibilita que profissionais de várias áreas se associem e criem uma empresa onde todos possam lucrar, sem um patrão. Porém, muitas acabam se tornando um novo modelo de exploração, não permitindo que os trabalhadores que cheguem depois possam participar das principais decisões da empresa.


“Uberização” do trabalho

São contratos independentes de trabalhadores que utilizam uma plataforma online como intermédio para realizar atividades econômicas baseadas na prestação serviços

Nesse modelo, o próprio consumidor pode avaliar o serviços prestado e tem uma relação mais próxima com o trabalhador, barateando o serviço e o produto.

As críticas a este sistema de trabalho são, Jornadas extensas, baixa remuneração, ausência de direitos e a submissão a algoritmos são rotina para trabalhadores.


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Aula 3

Trabalho e Felicidade

  • Trabalho é o oposto do prazer - após os períodos de escravidão ao longo da História, assim passou a ser visto o trabalho.

  • O “mal do século” (estresse), ligado ao excesso de trabalho, reforça esse pensamento.

  • Cobrança por desempenho, pouco convívio familiar, pouco lazer, medo do desemprego são causas da visão do trabalho como sofrimento.

Tripalium - instrumento de tortura romano

que deu origem à palavra trabalho.


  • As mesmas tecnologias que causam o desemprego podem também possibilitar mais tempo livre para o exercício do lazer e da criatividade.

  • Poderemos então nos apropriar daquilo que o trabalho não nos possibilitava.

  • Além do mais, a produtividade tende a aumentar.


  • Uma visão positiva sobre as novas tecnologias nos aponta que as máquinas deverão fazer o trabalho pesado e nos dedicaremos às inovações muito mais satisfatórias.

  • Sendo assim, a educação assume um papel importante nesse processo, desenvolvendo o pensamento crítico a respeito da sociedade e contribuindo para o desenvolvimento das potencialidades humanas.

  • Todo esse panorama pode possibilitar que comunidades carentes se dediquem às artes, por exemplo.

  • Com o advento da internet e da facilidade de comunicação em escala global, há a possibilidade de divulgação e venda de produtos artísticos.



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Aula 4

Propaganda e Consumo


  • No mundo capitalista é comum a atribuição de valor às pessoas a partir do que elas possuem.

  • Quanto maior seu poder aquisitivo, maior será a sua importância social.

  • Os que têm menor poder aquisitivo deverão buscar melhorar sua condição financeira para sentir-se importante socialmente.

  • Partindo dessa ambição, os profissionais de propaganda à utilizam para vender produtos e fazem com que pessoas de menor poder aquisitivo comprem supérfluos em vez de comprarem produtos essenciais.


  • As crianças estão mais expostas à propaganda, pois não são capazes de desenvolverem o senso crítico em relação aos produtos.

  • A partir da publicidade correm o risco de desenvolver valores que estão ligados ao individualismo e à cultura da posse.

  • A educação é fundamental para que não se tornem adultos egoístas e antiéticos, que busquem a satisfação pessoal acima de qualquer coisa.


Se o consumo é o motor do capitalismo e de sua cadeia produtiva, o emprego é refém desse consumo.

Enquanto a propaganda faz de tudo para atrelar o ter ao ser, a educação tem a missão de desconstruir essa visão para que consigamos construir uma sociedade humanamente sustentável.


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Aula 5 - Os Impactos da Padronização Mundial do Consumo

    A tecnologia avançou e foi aplicada aos transportes e à comunicação, facilitando a propaganda e a entrega dos produtos em todas as partes do planeta. Os anúncios de produtos, vinculados aos meios de comunicação acabaram por padronizar os itens de consumo e de se sobrepor aos produtos locais tradicionais, tirando boa parte da identidade das populações no mundo.



     A padronização do consumo impacta também em relação ao consumismo, quando se compra produtos que logo são entendidos pelos consumidores como supérfluos e consequentemente na grande produção de lixo e poluição, desmatamento, efeito estufa, etc..

    Também há a questão da aculturação, quando os povos nativos deixam de valorizar as suas criações e supervalorizam os produtos padronizados. Quando perdemos os laços com os nossos ancestrais e os seus costumes, nosso senso crítico e seriamente afetado e nos tornamos seres facilmente manipulados pela mídia.




    O intercâmbio cultural entre as nações é muito importante para a construção de um mundo tolerante e multicultural, mas quando há um monopólio em relação à cultura e se dá de uma forma unilateral, perdemos o poder de reflexão a respeito de nós mesmos, nos sentindo inferiores e atrasados. Valorizar as nossas raízes e sermos protagonistas da nossa história nos traz o respeito de outros povos.


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Aula 6 - Como funciona a globalização?

A globalização é um processo de aprofundamento da integração econômica, cultural e social dos países do mundo que se intensificou no final do século XX. O sociólogo Marshall McLuhan criou o termo "aldeia global" para designar essa aproximação das pessoas de todo o mundo graças aos avanços tecnológicos aplicados à comunicação e ao transporte.
Se os transportes ficaram mais eficientes em relação à velocidade, as comunicações ficaram ainda mais rápidas, possibilitando contatos entre os seres humanos em continentes distantes uns dos outros em poucos segundos.
Os produtos circulam por toda parte do planeta, possibilitando que pessoas os adquiram de forma rápida e segura. Isso aumentou a concorrência entre as empresas. Essa disputa faz com que as empresas não respeitem as necessidades e culturas de cada lugar, o interesse é apenas a venda e o lucro. Isso pode também prejudicar as economias locais e causar impacto nos recursos naturais da Terra. Essas empresas são transnacionais ou multinacionais e estão em todas as áreas, como bancos, tecnologia, indústria, comércio, comunicação, etc..
Os fatores decisivos para a implantação de filiais em países subdesenvolvidos são  a mão de obra barata, os incentivos fiscais, a matéria-prima abundante e a infraestrutura de energia e transporte. Dessa forma, os países subdesenvolvidos se tornam cada vez mais dependentes dos países desenvolvidos e o fluxo de capitais e produtos transnacionais determinam a mais nova etapa do capitalismo, a globalização. 



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Aula 7 - A globalização, as organizações internacionais
e os blocos econômicos.

O capitalismo, um sistema econômico que visa o lucro, teve seu apogeu na chamada Revolução  (século XVIII), pois seu foco era a produção em massa e o consumo na mesma velocidade.
Em 1944, ocorreu a Conferência de Bretton Woods, reunindo 44 países para discutir a reconstrução e a estabilidade da economia mundial, abalada pela Segunda Guerra Mundial.
O objetivo era estabelecer um novo padrão monetário, com uma moeda internacional para regular as transações comerciais entre os países e essa moeda era o dólar. Isso colocou os Estados Unidos no controle da economia mundial.

Surgiram, então, duas instituições financeiras para a concretização desses objetivos: O BIRD (Banco Interacional de Reconstrução e Desenvolvimento) e o FMI (Fundo Monetário Internacional). O Bird buscaria financiar a reconstrução dos países devastados com a guerra e o FMI tinha a finalidade de promover a estabilidade econômica e emprestar dinheiro aos países membros em casos de crise econômica.
Em 1947 surgiu o GATT, Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio para regulamentar o comércio mundial e promover trocas de serviços e mercadorias entre os países. O GATT se tornou a OMC, Organização Mundial do Comércio, que impõe medidas que regulam as relações comerciais entre os países membros.

Essas organizações privilegiam claramente os países mais desenvolvidos e disciplinam os países em desenvolvimento para a expansão do capitalismo, prejudicando o crescimento industrial e econômico das nações mais pobres.

Blocos Econômicos

Os blocos econômicos existem para unificar países, com a intenção de ganhar mais abertura econômica, fortalecendo as relações com instituições internacionais e ampliar o mercado para as empresas, mercadorias e serviços dos países membros.
A organização do mundo em Estados nacionais, cujas fronteiras são vigiadas e controladas, dificulta a livre movimentação de produtos, pessoas, serviços e consequentemente de capitais, dificultando a lucratividade. Os blocos econômicos eliminam essas barreiras.
Na América se destacam O NAFTA e o Mercosul, na Europa a UE na África há o SADC e na Ásia a APEC.

Nafta - do norte do Canadá ao sul do México, beneficia muito mais os países desenvolvidos, que compram muito mais do que vendem. Integrantes: Canadá, Estados Unidos e México;


Mercosul - acordo entre países sul-americanos que estabelece normas e programas para atingir o desenvolvimento tecnológico e científico dos seus países, elegendo como meta a justiça social. Integrantes: Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Venezuela e Brasil;


União Europeia - O mais avançado, possui um mercado unificado e com moeda única. Desenvolve também iniciativas para a coordenação de atividades judiciais e de defesa dos países membros. Integrantes: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, República Tcheca, Romênia, Suécia.   
Para saber mais - https://european-union.europa.eu/principles-countries-history/eu-countries_pt    -   https://brasilescola.uol.com.br/geografia/uniaeuropeia.htm#google_vignette


Tipos de Blocos: 

Zona de livre-comércio - há redução ou eliminação de taxas alfandegárias, cobradas sobre a compra e venda de mercadorias entre os filiados do grupo.
União aduaneira - tabela as taxas alfandegárias cobradas entre os países membros do bloco e estabelece regras para o comércio desses países com as nações que não fazem parte dele.
Mercado comum - garante a livre circulação de pessoas, serviços e capitais entre os países membros do bloco.
União econômica e monetária - o único exemplo de bloco nesse sistema é a União Europeia, por ter criado uma moeda única para os países membros, o euro.








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