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7ª série - Geografia

 Aula 1 

A Formação da Cultura Nacional Brasileira

5. Brasil, um país multicultural


Indígenas

Antes da chegada dos portugueses, os vários povos indígenas que habitavam o nosso território tinham algumas semelhanças:

  • Não tinham governo ou política.

  • Não tinham moeda.

  • Não utilizavam a escrita.

  • Suas religiões eram baseadas na Natureza.

  • Mesmo assim, eram diversos povos e tinham também diferenças entre si.

  • Havia cerca de 3 milhões de habitantes e se dividiam em troncos linguísticos e culturais – tupi, jê, aruaque e caraíba.

Antes da colonização, os indígenas do Brasil acha... | Super

História – Os povos indígenas antes da chegada dos portugueses – Conexão  Escola SME



Africanos

Os povos africanos trazidos pelos portugueses como escravizados para o Brasil foram:

  • Iorubás, jejes, minas, hauçás, tapas e bornus.

  • Esses povos vinham de diversas regiões do continente africano.

  • Eram obrigados a realizar diversos trabalhos forçados, sendo a atividade da produção do açúcar a principal.

  • Assim como os indígenas, tinham semelhanças e diferenças entre si.

  • Suas divindades também tinham relação com os elementos da Natureza.

  • Os principais idiomas que falavam eram o iorubá e o bantu.



Portugueses

  • Os primeiros portugueses a chegarem ao Brasil vieram em caravelas, antigos barcos.

  • Pedro Álvares Cabral teria se perdido ao tentar contornar o continente africano para chegar às índias, mas acredita-se que veio intencionalmente.

  • Há também indícios de que outros portugueses já haviam chegado aqui antes.


Descobrimento do Brasil: mitos e verdades sobre a chegada dos portugueses |  O Imparcial

Rota de Pedro Álvares Cabral na chegada ao Brasil    -  Caravela Portuguesa

PINTURAS NA HISTÓRIA DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL - OS PORTUGUESES - AS  CARAVELAS - OS ÍNDIOS E O PAU BRASIL

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Aula 2

Nosso Mosaico Cultural


Tipos regionais populares


Norte 

Maioria de indígenas, além de seringueiros, castanheiros, garimpeiros e população ribeirinha.

Nordeste

Litoral - jangadeiros, colhedores de coco, baianas.

Interior - vaqueiros, rendeiras e colhedores de babaçu.

Centro-Oeste

Vaqueiros do Pantanal, garimpeiros e barqueiros.

Sudeste

A região que menos preserva os tipos populares.

Caipira, colhedores de café, retireiros de leite, boiadeiros e caiçaras.


Sul

Gaúchos descendentes de italianos, alemães, portugueses e poloneses.


Habitação

Norte - palafitas


Nordeste - pau-a-pique


Centro-Oeste

População muito urbana, mas algumas vezes também tem palafitas.

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Campo Grande

Goiânia

Sudeste

População urbana com construções de alvenaria e também favelas.

São Paulo Rio de Janeiro

Rocinha

Paraisópolis Heliópolis

Sul - muita influência da arquitetura europeia, com casas de telhados pontiagudos, principalmente de estilo alemão.

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Aula 3

Causas e Consequências da Imigração



Família italiana na chegada ao Brasil no século XIX.


As pessoas saem dos seus países de origem por vários motivos: econômicos, políticos, religiosos, por catástrofes naturais, etc..

Os portugueses vieram morar no Brasil só trinta anos após o descobrimento, quando resolveram ocupar o território e cultivar a cana-de-açúcar.

A partir do século XIX, vários outros povos, principalmente os italianos, passaram a vir para cá para trabalharem nas lavouras de café, a maior parte em São Paulo..

No sul do país foram se estabelecendo poloneses, alemães e italianos. 

Os povos que chegaram, além da força de trabalho, enriqueceram a cultura brasileira com novos costumes e conhecimentos.


Atualmente muitos outros povos ainda vêm para o Brasil, como coreanos, haitianos, chineses, bolivianos, venezuelanos, sírios, etc.. Cada qual por motivos diferentes.

Mas, no mundo o processo de imigração não é tão pacífico como já foi um dia. Muitos países estrangeiros estão dificultando a entrada de imigrantes e até mesmo deportando os imigrantes, alegando que essa entrada de pessoas prejudica a economia do seu país. Essas políticas anti-imigração têm raízes na xenofobia tanto quanto faz com que ela cresça. Xenofobia é a aversão a estrangeiros.



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Aula 4

As Migrações Internas no Brasil



Seja em busca de emprego, de melhores estruturas, de garantia de subsistência, os nordestinos foram o povo que mais migrou em nosso país.

Durante o Período Colonial (1830 a 1822) , a produção de cana-de-açúcar entrou em decadência em virtude da concorrência com outros países produtores. Sendo assim, muitas pessoas que habitavam o nordeste brasileiro partiram para Minas Gerais, na região mineradora ou para a Amazônia, onde existia grande atividade de extrativismo vegetal.

No Período Monárquico (1822 a 1889) e início da República (1889), a atividade cafeeira se destacou no sudeste e o deslocamento de nordestinos para a região foi em massa.

Na segunda metade do século XX (a partir de 1950) foi a industrialização que atraiu trabalhadores para a região.

O desenvolvimento urbano de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro e a construção de Brasília nos anos 1950 também atraíram muitos migrantes.

Em Brasília, os trabalhadores da construção civil eram chamados de candango, expressão pejorativa que significa pessoas de mau gosto.

Na região sudeste, os nordestinos eram tratados genericamente e pejorativamente como “baianos” ou “paraíbas”, como se todos viessem do mesmo lugar.

Mas, nem só os nordestinos migraram, muitos sulistas, principalmente do Paraná, buscaram oportunidades de emprego em outros estados.

Hoje em dia, com a falta de emprego nas grandes cidades, principalmente pela desaceleração e mecanização da indústria, muitos migrantes voltaram para o seu local de origem. Os que lá nascem têm, na medida do possível, tentar a vida em trabalhos no seu próprio estado.

Quando numerosos grupos de pessoas deslocam-se da zona rural para as cidades chamamos de êxodo rural.

Consequências do êxodo rural:

  • Desemprego e subemprego (trabalho informal);

  • Falta de moradias gerando o surgimento de favelas e cortiços;

  • Desaparecimento das áreas verdes no entorno das cidades para a construção de condomínios de prédios e casas (especulação imobiliária);

  • Serviço público precário (saúde, educação, cultura, saneamento básico, etc.;

  • Violência urbana em virtude da grande desigualdade social;


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Aula 5 - Migrações no Brasil

Entre 1950 e 1960, o número de pessoas vivendo nas cidades, sobretudo na região sudeste, aumentou devido à expansão das atividades industriais. A esse processo, damos o nome de urbanização.


Com a utilização de maquinário na agricultura e a concentração fundiária (de terras) nas mãos de poucos proprietários, as pessoas do campo acabaram se deslocando em massa para as cidades para conseguir emprego.

As cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, principalmente, cresceram mais que outras, por terem maior investimentos e são chamadas de grandes metrópoles.
São Paulo, nos anos de 1950.

Metrópoles são cidades com mais de um milhão de habitantes. Por terem muito mais habitantes, também recebem maior infraestrutura, como comércio, indústrias, shoppings centers, hospitais, escolas, saneamento básico, etc.. Quando metrópoles vizinhas crescem ao ponto de encostarem umas nas outras, esse processo é chamado de conurbação.

No Brasil, a expansão industrial e a consequente urbanização não significaram melhoria de vida para a população em geral, pelo contrário, geraram novos problemas sociais como a desigualdade, a favelização, a violência, o trânsito, a poluição, entre outros.

  

A expulsão de moradores das regiões centrais, no início do processo de urbanização, para as periferias, as colocam em situação precárias em relação à infraestrutura, que demora a chegar nesses locais e acaba criando bairros com casas amontoadas e com pouco espaço. Com a especulação imobiliária em crescimento contínuo, as periferias têm melhorado as condições de moradia, mas com o aumento do aluguel e construções de condomínios, quem não tem uma situação financeira estável, acaba sendo obrigado a se deslocar para mais longe ainda dos grandes centros.

Além disso, o baixo investimento em transporte, impossibilita os trabalhadores que moram nas periferias a chegarem confortavelmente aos seus serviços, causando-lhes ainda mais cansaço e tirando horas importantes que passam dentro das conduções e que poderiam ser utilizadas em estudo, lazer ou mais tempo ao lado dos familiares e amigos.


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Aula 6 - O Surgimento da Desigualdade

Até o ser humano descobrir que podia plantar os seus alimentos e criar animais, vivia em grupos e as tarefas como caçar, pescar e coletar frutos eram realizadas em grupos.

 

Com a descoberta da agricultura e consequentemente o sedentarismo, a posse de terra passa a contar como valor de posição dentro da sociedade e a disputa por ela se torna comum. Dessa forma, quem possui terras passa a comandar e a explorar a mão de obra de quem não possui.
A evolução das sociedades humanas vão transformando a desigualdade, mas a posse sempre dá o tom dessa desigualdade.

  • Na Antiguidade (1550 a. C. ao século V) - sociedade divida entre proprietários de terras e escravizados.
 
  • Na Idade Média (séc. V ao séc. XV) - a sociedade feudal se dividia em senhores feudais (donos das terras) e os servos, que trabalhavam para os senhores em troca de sua sobrevivência e proteção.
  • Na Idade Moderna (séc. XV ao séc. XVIII) - a sociedade se dividia em capitalistas, donos dos meios de produção (fábricas) e trabalhadores (operários), escravizados e livres.
 

Durante a Idade Moderna, o capitalismo comercial se espalha pelo mundo através das Grandes Navegações, gerando colônias aos países europeus e impondo-lhes o sistema capitalista com a exploração do trabalho, inclusive escravizado.


Além disso, os países mais desenvolvidos economicamente passam a dividir o mundo explorando outros países e a desigualdade se expande em nível mundial. Entende-se então que a desigualdade no mundo hoje se desenvolveu durante séculos.

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Aula 7 - Desenvolvimento e subdesenvolvimento

Com a expansão marítimo-comercial europeia e o estabelecimento de colônias na América, na África e na Ásia surge o imperialismo, que intensifica esse processo a partir da incorporação de territórios pelos países mais ricos em relação aos mais pobres. Houve a invasão de territórios e a escravização da população nativa. Enquanto os invasores enriqueciam, retirando matéria-prima e explorando a mão de obra local, os colonizados eram postos em condição de miséria.

Nas colônias surgiram grupos que detinham o poder, chamados de elite, que aceitavam as imposições dos colonizadores e mantendo a população local submissa às suas regras. Quando essas colônias conseguiram se libertar, a condição de pobreza estava consolidada e muitas das elites permaneceram no poder.

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Após a Segunda Guerra Mundial surgem os termos desenvolvimento e subdesenvolvimento para designarem os países mais ricos, na Europa e os Estados Unidos. Esses padrões de desigualdade se mantém até hoje, onde os países desenvolvidos têm tecnologia mais avançada e a usam para manter a dominação econômica e a dependência sobre os subdesenvolvidos. Na relação entre esses países podemos destacar, além da dependência tecnológica e a desvalorização dos produtos primários fornecidos pelos subdesenvolvidos, além de taxas favoráveis aos mais ricos nas relações comerciais.

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Aula 8 - Redistribuição de Renda - Igualdade e Paz

Para acabar com o subdesenvolvimento não basta adotar os mesmos mecanismos que tornaram ricos os países do chamado primeiro mundo, pois o que os tornaram ricos foi a exploração da matéria prima e a escravização dos países chamados de
subdesenvolvidos.
As elites dos países subdesenvolvidos são grandes responsáveis pela sua pobreza, lucrando e tirando proveito político dos projetos dos países exploradores.
Como, então, eliminar a pobreza dos países subdesenvolvidos?
O que causa esse desequilíbrio é a concentração de renda, fruto da exploração do trabalho e das riquezas naturais, que são aplicadas tanto por países desenvolvidos quanto pelas elites nacionais que exploram o seu próprio povo.
Deve-se zelar pelas necessidades do ser humano comum, trabalhador, através de planos sociais de moradia, saúde, educação e bem estar social, auxiliando na busca por esses direitos, quanto no combate aos mecanismos que garantem os privilégios das elites.
Para que isso aconteça, devemos lutar para o engajamento do cidadão comum nas lutas pelos seus direitos.

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Aula 9 - A Intolerância e As Guerras

    Há motivos para as guerras? Desde os tempos antigos, os seres humanos travam guerras pelos mais variados motivos. Disputa por territórios, por riquezas, incompreensão e intolerância política e religiosa.
    Mesmo que a História nos mostre os danos causados pelas guerras a milhões de pessoas no decorrer do tempo, continuamos em conflitos em várias partes do mundo. Criamos órgãos reguladores entre as nações, como é o caso da Organização das Nações Unidas, para servir de mediadora entre países que não entram em concordância, mas ainda assim, algumas nações recorrem à violência para resolver os seus problemas.
    Há um raciocínio primitivo, o ódio, que se sobrepõe ao diálogo e ao senso de coletivo, pois o planeta pertence a todos e todos pertencem a ele. Os investimentos  financeiros, que poderiam servir para o desenvolvimento humano e para o bem estar de todos, acaba sendo utilizado para desenvolver armas cada vez mais letais, como as bombas e os mísseis. A justificativa dos países que investem em armas é que devem estar sempre preparados para evitar invasões.
    Para agravar a situação, muitas armas que são fabricadas e que dão lucros enormes aos fabricantes, vão parar nas mãos de grupos terroristas e de facções criminosas, gerando ainda mais mortes e destruição. Esses grupos se transformam em um poder paralelo.
    Embora a ONU não tenha conseguido resolver muitas guerras ocorridas após a sua criação, ao final da segunda Guerra Mundial, continua sendo o principal órgão responsável pela paz.

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Aula 10 - Os Conflitos no Mundo Atual e As Tentativas de Paz

          Conflitos Atuais e Tentativas de Paz Relevantes:
  • Conflito Rússia-Ucrânia: Apesar da dificuldade em avançar nas negociações, países como a China e Israel já se ofereceram para mediar. A ONU continua a atuar nos bastidores para a segurança e a resolução diplomática.
  • Conflito Israel-Palestina: Há esforços diplomáticos contínuos para um cessar-fogo e a entrega de ajuda humanitária, com diversos atores internacionais, incluindo o Egito e o Catar, desempenhando papéis de mediação. Historicamente, os Acordos de Oslo foram uma tentativa de paz significativa.
  • Guerra na Síria: A ONU tem um longo histórico de esforços de mediação para alcançar uma solução política para o conflito, com o objetivo de restaurar a dignidade, liberdade e justiça para o povo sírio. Embora seja predominantemente uma guerra civil, envolve a intervenção de diversas potências estrangeiras, tornando-a um conflito com dimensões internacionais.
  • Guerra Civil do Iêmen: Outro conflito com forte intervenção externa e consequências humanitárias devastadoras.
  • Conflitos em Mianmar: O país enfrenta várias guerras civis e conflitos entre diferentes grupos étnicos e o governo, com implicações regionais.
  • Conflitos na região do Sahel (África): Insurgências jihadistas e instabilidade política afetam diversos países como Mali, Burquina Fasso, Níger, entre outros, com movimentos de grupos armados transnacionais.
  • Outros conflitos: As missões de paz da ONU estão presentes em diversas outras regiões, como no Chipre (UNFICYP, monitorando a divisão entre as partes grega e turca da ilha) e na República Centro-Africana (MINUSCA, visando conter a violência entre grupos armados).

É importante notar que, mesmo com tantos esforços, o cenário global ainda é marcado por um número significativo de conflitos, e as tentativas de paz frequentemente enfrentam grandes desafios e retrocessos. No entanto, a persistência na busca por soluções diplomáticas e na construção da paz continua sendo uma prioridade para a comunidade internacional.











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